domingo, 23 de outubro de 2011

Behind Closed Doors, Live, Charlie Rich


"Behind closed doors" - não demonstra excitaçao sexual, é um depoimento fiel ao título da música, mantendo a intimidade do que está sendo falado,  ele dá só um pequeno teaser muito bonito da feminilidade da mulher, que se solta Then she lets her hair hang down, e do gozo dele And she makes me glad that I'm a man.
A roupa dele é muito bonita, sob medida, um detalhe de lantejoulas. a camisa aberta com uma âncora de pinjente. E que cenário mais babado!! Imagina uma boate que é esse cenário?
Gente, vamos se inspirar em coisas novas, olhar para outros lados. Quando se for montar uma decoraçao, na parte estética, de uma boate nao precisamos nos inspirar nas boates que já foram montadas! Isso é uma má idéia; é se subestimar pois ja assumimos de princípio que não somos capazes de criar algo tão bom quanto aquilo, tendo como resultado uma xerox de algo que ja foi bom; isso soa pobre e triste... pode ser um comentário um pouco vulgar aqui na estrutura conceitual do texto, mas enxergo uma relação disso com o fato de nós aqui no Brasil sermos um país colonizado. Na moda é tão e tão frequente as xerox do que foi bom na estação anterior da Europa que já nos conformamos.
Nesse clipe, podemos ver que a delicadeza que o figurino possui em sua quase fetichização (a âncora no decote da camisa) e a a sensibilidade da música que comenta sobre o fato de levar a mulher para entre quarto paredes e não ficar vulgar,  conversam harmonicamente : ) isso pra mim é riqueza e, engraçado, o nome dele é Charlie Rich.
Mais um exemplo da delicadeza da música é, quando ele coloca um fato sempre posto no senso comum, como uma reclamação corriqueira e, na minha opinião, um pouco rude, rasteira, que é como as pessoas adoram fofocar e falar da vida dos outros. Já imagino num cortiço alguém reclamando sobre isso. Ele postula esse fato na estrutura da "poesia" da música de uma maneira sutil - Cause people love to talk. A palavra love está amaciando essa frase, que na melodia da música deixa de ser uma Reclamação. A reclamação é uma expressão corriqueira porém pobre, pois,  re clama, clama novamente, trás o que está sendo expressado como contra à tona sem que isso tenha alguma solução ou visão própria. É só um eco do que se está sendo discordado. Nos conformamos com isso, como, em uma palestra do Slavoj Zizek, ele comenta que nos conformamos em estar em casa e gritar para a televisao contra o juíz de futebol que jamais em nossa vivência Newtoniana vai ouvir o que gritamos!!! rsrsrs! Absurd. (isso não é uma citação fiel da palestra, só lembrei, ele nao falou em newtoniano.)
Bom, a Reclamação e o deslumbre de se olhar para o que já foi criado e ecoar aquilo para mim são movimentos muito parecidos.
(será que o movimento de ecoar não predispõe um vazio..?)

Nesse clipe é legal também que ele canta ao vivo e toca bem com muito domínio do que faz, dá pra ver que ele faz há anos e treina todos os dias. Quando fazemos durante anos algo - que pode se sofisticar (artesanal) - todos os dias, horas por dia, aí sim ficamos bons. E tem, na atualidade mais raro, casos extremos de gerações de família que enriquecem dia a dia seu trabalho. Por isso que dizem que a alta costura morreu pois não têm mais esses profissionais de outrora disponíveis para eles na costura.

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Elegância e finesse é algo que me faz muita falta na minha vivência com o senso comum. Elegante não é ser rico, muito menos se achar superior Ainda Mais por ser rico. Ter elegância é ser delicado, concizo. Finesse é cuidado e pureza. sem necessariamente estar sendo levado em conta itens da etiqueta exclusiva (a palavra em sí ja diz EXCLUIR - exclusivo é algo que exclui) de certas classes sociais, isso por sí só já é deselegante e se contradiz bonito.

O mundo mudou e está mudando. Temos que mudar também. E é algo que temos que criar ao invés de alcançar; não está dado.






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Letra da Música:


My baby makes me proud
Lord, don't she make me proud
She never makes a scene
By hanging all over me in a crowd
'Cause people like to talk
Lord, don't they love to talk
But when they turn out the lights
I know she'll be leaving with me

And when we get behind closed doors
Then she lets her hair hang down
And she makes me glad that I'm a man
Oh, no-one knows what goes on behind closed doors

My baby makes me smile
Lord, don't she make me smile
She's never far away
Or too tired to say: "I want you"
She's always a lady, just like a lady should be
But when they turn out the lights
She's still a baby to me


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Puchkin - Tatyana - Cia de Dança Débora Colker

Esteve em cartaz no Teatro Alfa aqui em São Paulo a já estreada peça Tatyana, da Cia de Dança Débora Colker, carioca. Inspirada no livro  "Evguêni Oniéguin", do russo Aleksandr Púchkin (1799-1837), a peça tinha uma apresentação inusitada da história, contando com o próprio Puchkin como um dos personagens.
A Fábia Bercsek assionou o figurino dessa peça e contratou meus serviços para parte da produção. Todo o feminino e o look do Puchkin (o qual inclusive finalizamos no próprio Rio de Janeiro por ser uma roupa "clássica" que pode ter movimentos de balé).
Foi um trabalho imenso pois contou com a produção de muitas peças (cada uma tinha que ter uma duplicata em caso de deterioração nas turnês), cheias de recortes, com primor de acabamento e misturando tecidos inusitados como organza, shiffon costurados em malha de moda-praia / balé. Ou seja, tecidos que esticam muito e aderem ao corpo com tecidos finos que exigem trato especial.  O tempo também não esteve ao nosso lado, os prazos curtos nos obrigaram a virar noites etc. De qualquer modo foi muitissimo gratificante e o aprendizado incomensurável, não só por mais uma vez ter trabalhado com a Fábia, que é genial, mas também por ter sido a primeira experiência do ateliê com uma produção grande, e trabalhosa (grandiosa então).

Confira algumas fotos do processo. 
 Aqui uma das primeiras pilotos antes de muitas mudanças até chegar no resultado final que ficou muito bafo. Veja os traços na caneta se concretizaram na foto de baixo.

 A organização para uma produção com tantas etapas é essencial.
Partes costuradas separadas. O tecido tinha transparência então todas as partes quase tinham que ser dubladas antes de fechar a peça final.
 Clemência.
 O trato delicado com o shiffon de seda, tecido muito levinho.
 O corte do risco anterior.
 Os bodys da personagem principal, Tatyana. De renda com malha.
 Prova em uma das bailarinas, aqui já no Rio de Janeiro, no mezanino do balé.
Aqui a vista do mezanino, com o cenário sendo montado atrás.
Foto de divulgação para a estréia.

domingo, 7 de agosto de 2011

Achei esse vídeo legal sobre tecelagem, um assunto fascinante. Os tecidos nos cercam mais do que parece, muito além das roupas. Existem alguns tipos de maquinários, diferindo os tecidos. Basicamente em "malha" e "tecido plano". É um assunto muito complexo, a engenharia têxtil.
Nesse post vou falar dos tecidos planos, não sei se um dia falarei de malha aqui com esse viés mais técnico pois é bem complexo mesmo; uma brisa.
Tecidos planos são feitos em teares, isso os qualifica como planos.
veja:

Valsa das Máquinas, Paramount Têxteis from grafikonstruct on Vimeo.

 Esse tear é super moderno e ultra rápido, mas o funcionamento é super antigo: o entrelaçamento dos fios. Entrelaçamento esse provavelmente oriundo da construção de cestos, para depois ser adaptado aos fios. Enquanto isso o pessoal usava peles de animais (luxo.. aloca).
Os fios são constituídos de fibras, estas podendo ser naturais (algodão, lã, linho, seda), sintéticas, como a viscose, que é de celulose como o algodão, ou ainda artificiais como o acrílico. Todas têm seu papel hoje em dia e todas podem constituir tecidos maravilhosos.
Para saber o que você está comprando não é muito difícil. Por exemplo, hoje em dia, é raro venderem 100% seda que seja mesmo de seda 100%. Por ser uma fibra natural, ao se queimar um pedacinho (com a roupa pronta nao dá!) ele vai se desfazer em cinzas, jamais ficar durinho tipo plástico queimado; quando fica assim é de petróleo e é artificial (mistura = nao 100%). O algodão quando queima tem cheiro de papel queimado, viscose também, pois é de celulose. A Lã, cheiro de cabelo queimado, afinal é cabelo de ovelha! Por assim vai, mas o que mais enganam por aí é na seda mesmo.

Ay, tem uma fibra chiquérrima que produz a Cashmere e a Pashmena. São os cabelos de uma cabra, da raça Caxemira, vinda dessa região, que fica entre a Índia e o Paquistão. Os cabelos dela são muito resistentes e macios. Os da barriga então, uma maravilha (como vemos nos cachorros e gatos que o pelo da barriga é bem mais macio). Esses pelos da barriga da cabra-da-caxemira que produzem o tecido Pashmena, muito caro, pela escassez.

Veja como ela sabe que ela é fina... rs!! Muito fofa! Blazê.

Talvez caia o preço pois a China estava, ano passado, com clones dessas cabras. Esperar para ver.


Bom, a complexidade de todo esse entrelaçamento das fibras fiadas, os fios, foi sendo trabalhado com criatividade, chegando ao extremo do tecido Jacquard, sobrenome do criador. Esse tecido exige uma complexidade de armazenamento de informação enorme em sua construção. O sistema inventado por Jacquard (em 1804) é até hoje usado em máquinas eletrônicas como celular e computador.
O tecido é esse, muito confundido com brocado, que parece com Jacquard, mas é muito mais simples:

Veja a complexidade! Lembrando que não há nada estampado, todo desenho é dado pelo trançar, apenas horizontal e vertical, do tecido. Sinto que está um pouco fora de moda, mas podemos ver em alguns sofás ainda. Provável que voltem logo pois é observável o retorno do tafetá, tecido grosso e com peso visual - eu reparei nas festas da novela das 8, também os cetins mais encorpados -, assim como os jacquardes que acabam sendo grossos por conta do trabalho. Mas eles não trazem de jeito nenhum a leveza da mulher moderna, pelo menos não com as padronagens típicas. Espero que não voltem nos blazeres mas sim em vestidos de festa.

No armário de hoje em dia, o tecido plano mais utilizado é o jeans, que, mesmo com elastano, continua sendo plano, e não malha.
Jeans, denim em português - de Nîme, cidade da França de onde se atribui sua criação.
Essa sarja ultra grossa foi criada para trabalho pesado mesmo... Isso deve estar sendo muito valorizado pois TODO MUNDO usa jeans, todos, todos, patroa e empregada. Além do fato de que ele deve estar nessa voga toda pelo trabalho pesado estar sendo um valor atual e forte (entre outros motivos), eu não me interesso muito pelo jeans (que é muito grosso e tem um caimento pobre), acho inclusive irritante ele estar tão indiscutivelmente em alta; isso por causa do processo produtivo. Para as pessoas usarem esse tecido tão grosso e pesado ele precisa passar por lavagens a mais de 100 graus Celsius e precisam ser aplicados rebites nos excessos de volume (sim, por isso tem rebite em calça jeans), que em qualquer outro tecido não seria necessário... Para quem costura isso é um pouco sem sentido e nauseante pois não leva em conta a beleza do trabalho de costura da construção de uma peça. Não é um resultado como um desfecho inteligente provindo da relação íntima com a produção e criação.
O preço em conta é por causa da absurda e enorme quantidade da produção mesmo.

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Eu, pessoalmente, sou apaixonado pelos tecidos e sua fabricação. Esse é o primeiro ímpeto da criação e da produção das roupas; os tecidos vão ditar os acabamentos necessários e, depois do corte e da cor, é a impressão primordial de uma roupa - possui uma linguagem muito ativa.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Do Estilista

Como funciona? Eu liguei pro Sommer e perguntei se tinha algum look que poderíamos fazer pro desfile dele, Inverno 2011, na SPFW. Ele disse que sim. Aí eu fui até ele e conver$amos; voltei pro ateliê com os croquis e tecidos. Foram 5 looks e 5 reformas que eu fiz. Alguns caíram na edição (David Pollak);

mto gatos - Aí eu já havia levado de volta pra eles as pilotos no algodão crú a serem avaliadas; modelagem, soluções de acabamento e o próprio design; o Sommer tá fazendo uma curva na lateral da peça; o Ricardo Tupinambá tava ajudando e eu pedi pra ele virar pra foto; :p

Depois disso atualizei os moldes e fomos pro corte e costura das peça finais;
 Veja o mapa (antes do molde) da parte de cima de um vestido (na metade depois espelha pq é simétrico);
 Abrí o volume dos franzidos;
Espelhei, passei a limpo, aí tem as 3 camadas de saia; corte, costura, acabamentos;
Aqui quase pronto, faltavam alguns acabamentos;

 na passarela;


Voil, para um vestido de 3 godês sobrepostas;

 Com o styling, a bermuda eu que reformei também;

 Moulage do Blazer, particularmente elogiado no Globo. A Jú que linda focada;

Duas partes distintas - a da esquerda com caimento de casaco e a da direita acinturada como um blazer; Só na moulage mesmo.
 Esse colete deu muito trabalho (as outras metades do blazer); fiquei horas só solucionando- essa parte vazia preenchi com a manga do casaco, inclusive a gola e a cava, foi punk. Pena que os sites de moda não põem as costas dos looks.

 Esse fechou o desfile; A gente armazena os moldes em envelopes.



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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fluidez e Qualidade

Engraçado,
eu tava lendo um livro do Bergson que fala que o nosso cérebro, como já sabemos, percebe o tempo e o movimento em flashes sequenciais.

                                                                       Imagem: Raquel Uendi

O tempo, para nós, são vários momentos sobrepostos. Mas ele disse que isso está em desacordo com a realidade. Que o momento é uma parada virtual do tempo.. O tempo, na verdade, não pode ser sobreposto assim, ele é fluido. Isso é muito legal e ajuda muito na nossa busca por qualidade.
Outro livro que eu li (O Artífice, que significa artesão - aloca), mostra como o planejar algo pode empobrecer o resultado; que as peças feitas nelas mesmas, parte por parte (seria como uma criação na moulage) trás resultados mais coerentes e incríveis. O planejamento seria pensarmos só nos momentos, em técnicas já dadas, o que tira a fluidez do processo. Tudo pode acontecer.

Tudo é possível, pois nada está dado; o objetivo (plano) é uma ilusão. Temos que fazer as coisas do modo que elas devem ser feitas na hora, no local, acontecendo, fluindo. A pré-determinação é uma bobagem, frustrante e triste. “E se?”? Existe. Precauções e intuições. Partem do que está fluindo. Percepções íntimas do movimento que permitem o manejo. Ginga. Dança. Saltos e obstáculos. O mundo não é, ele vive. Pulsa e despulsa ao mesmo tempo num “jorro eterno de novidade”.

Não adianta tentar prever, o negócio é viver mesmo.


O que isso tem a ver com a construção de roupas? Sei lá, talvez ajude a gente a se preocupar menos com o padrão que já existe. Descobrir meios e soluções que sejam adequados àquela peça sim si.
E na criação, a troca do rearranjo do preexistente pela novidade radical.



Chique.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cintura Baixa

A calça de cintura baixa (ou saint-tropez) é um dos ícones da moda no Brasil. As mulheres aqui têm, em geral, o quadril muito largo e volumoso. Elas gostam de exibir esse contorno do corpo, o que é muito compreensível, as ancas são um sinal de fertilidade desde a pré-história. A Vênus de Willendorf (escultura mais antiga de que se tem conhecimento), tem entre 20.000 a 25.000 anos e era um padrão de beleza numa época em que o Homem era nômade e bastante conectado à natureza; afinal, quanto mais gordura na região pélvica - mais a mulher aquece o feto que ela possa abrigar.







A forma mais adequada de se contornar esse sinal fertilidade é com a cintura baixa;
pensando em uma calça feita com um tecido que não é uma malha (legging) e portanto não híper estica para se adaptar às curvas do corpo, ficaria complicada a vestimenta nessa região tão íngreme; por mais pences que possa ter a peça, ela nunca poderia estar 100% contornando o quadril pois reteria os movimentos de quem a possa usar. Teria que deixar uma folguinha. A saint-tropez entaça perfeitamente o quadril volumoso da mulher, precisando de um recorte atrás, pala, ou, mais comum, o próprio cós. Ele é largo para fazer o recorte justamente no pico de curva da bunda.

Funcionamento do Recorte em uma roupa para Volume from Sergio Caldas on Vimeo.


Nesse exemplo, a pala (parte em azul), funciona como recorte para dar o volume do edí;

É tao ncessario esse tipo de contorno para vestir o quadril largo que mesmo as calças de cintura alta, quando pegaram aqui no Brasil (no Brás etc), vieram com um recorte na região pélvica. Eu chamo de “recorte saint-tropez”. Sem esse recorte a calça seria obrigada a ter pregas.

Na ilustração, estou mostrando que para o tecido alcançar o corpo sem recortes ele deve ter pregas; não bastaria recorta-lo no contorno do corpo, pois não daria movimento nem vestibilidade.
Veja o recorte saint-tropez;

Portanto, aqui no Brasil, onde as mulheres se exibem muito para os homens, que as assistem, a cintura-baixa é muito bem-vinda. Talvez ela pare de ser usada pois causa uma deformação horrível no corpo, como todos sabemos. A bela curva da cintura para o quadril passa a ser quebrada formando um pneu. Muitas mulheres insistem em usar a cintura baixa mesmo com o pneu caindo por cima do cós, algo que pode ser considerado Horror Trash B (para os que tem um senso estético minimamente apurado).



As ilustrações são desenhos meus; o vídeo a Raquel Uendi me ajudou a editar (som); esse raciocínio eu tive enquanto conversava com a Carolina Scagliusi e o Leon Gurfein.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Primeiro vídeo do Ateliê!

Untitled from Sergio Caldas on Vimeo.



Eu costurando um zíper de metal numa das calças da Lovefoxxx (linho com elastano);
Vou sempre por vídeos, amei!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lovefoxxx Figurino III - Viés

Muitas vezes olhamos para uma roupa e fazemos uma careta espontânea, alguns diriam "roupa de pobre!!"(kkkk..), outros "roupa ruim" sei lá. Outras vezes, sem perceber, levantamos as sobrancelhas e afirmamos com a cabeça, significando que a roupa em questão passa a sensação de aprecio. Leigos não sabem identificar o que, em uma roupa, traz essa sensação.
Aqui vou publicar sempre partes do processo que enriquecem uma roupa. É bom para não comprarmos peças ruins iludidos pela imagem da marca. Hoje vou mostrar o aviamento viés, que estou usando para parte do acabamento interno da calça final (serão feitas duas iguais) de linho com elastano, encomendadas pela Fábia Bercsek para compor o figurino da Lovefoxxx na turnê do Cansei. Duas para se por um caso uma rasgue (a bi se joga no palco).
(só pra deixar claro, sem querer me estender muito, viés é uma posição de corte da peça no tecido, 90graus em relação à posição habitual. O aviamento viés é cortado nessa posição)
* Pus umas florzinhas na janela*

 Riscando para cortar. Depois da primeira prova que eu postei nós decidimos mudar muita coisa na calça, agora fica surpresa!

 Preparado para por o viés

 Braguilha e gancho da frente com o viés




Depois tem as calças prontas, aí vai dar pra visualizar tudo melhor